Na antiguidade, as civilizações usavam recursos naturais para tentar manter o ambiente mais fresco.
No Egito, Roma e Grécia, as pessoas construíam edifícios com espessuras de paredes e posicionamentos
estratégicos para bloquear o calor solar. Também utilizavam o frescor noturno para ventilar os seus espaços
durante o dia.
Na Idade Média, as técnicas de ventilação, como o uso de janelas e aberturas no teto, eram
amplamente utilizadas para melhorar a circulação de ar nas construções.

Foi no século XIX que os primeiros sistemas mecânicos para refrigeração do ar começaram a ser desenvolvidos. O conceito de refrigerar o ar com o objetivo de conforto humano surge com a Revolução Industrial.
1830s: O engenheiro escocês William Cruickshank fez experimentos com sistemas de resfriamento de ar, utilizando ar comprimido e gases. Porém, foi James Harrison, na Austrália, quem construiu o primeiro sistema efetivo de refrigeração mecânica, usando amoníaco para remover o calor de um ambiente. Esse sistema não era específico para a climatização de ambientes, mas foi um avanço importante na área de refrigeração.
1851: Na Exposição Universal de Londres, a exibição de gelo artificial gerado por sistemas de refrigeração chamou a atenção e acelerou a busca por tecnologias para criar ambientes mais frescos.

Com o aumento das necessidades comerciais e industriais, os sistemas de refrigeração começaram a ser aplicados para resfriar ambientes inteiros.
1902: O engenheiro norte-americano Willis Haviland Carrier, que mais tarde se tornaria conhecido como o "pai do ar condicionado moderno", projetou um sistema de refrigeração para uma gráfica de Nova Iorque. Ele não só resfriava o ar, mas também controlava a humidade, o que melhorava a qualidade das impressões. Esse sistema é considerado o precursor do ar condicionado moderno. O sistema de Carrier usava um ventilador e uma serpentina de tubos refrigerados com água para manter a temperatura e humidade constantes, um conceito crucial para a criação do ar condicionado.
Com o sucesso do ar condicionado para fins comerciais, a tecnologia foi sendo aperfeiçoada e, na década de 1920, começou a ser usada em cinemas, onde foi introduzida como uma maneira de proporcionar conforto térmico para os espectadores.
1930s-1940s: O ar condicionado começou a ser instalado em grandes estabelecimentos comerciais, como lojas e hotéis. Ao mesmo tempo, começou a se tornar disponível para uso residencial, mas ainda era um produto caro e de luxo.
1950s: A popularização do ar condicionado teve um grande avanço, com a produção em massa e a redução de custos. Mais pessoas passaram a instalar sistemas de ar condicionado nas suas casas e escritórios. Foi também nesse período que se começou a utilizar refrigerantes como o Freon (CFC), que se tornou o fluido refrigerante padrão, embora a descoberta posterior dos seus efeitos prejudiciais à camada de ozono tenha levado à sua descontinuação nas décadas seguintes.
Nas últimas décadas, houve grandes avanços na eficiência energética dos sistemas de ar condicionado,
bem como uma maior ênfase na sustentabilidade ambiental. O impacto dos CFCs sobre a camada de ozônio
levou à criação de novas regulamentações ambientais.
1980s-1990s: Surgiram novos refrigerantes, como o R-134a, que são mais amigáveis ao meio ambiente.
O aumento da conscientização ambiental também levou a um maior foco em tecnologias mais eficientes, como os
sistemas inverter e as bombas de calor, que utilizam a refrigeração para aquecer também os ambientes em climas frios.
Atualmente: O ar condicionado moderno não só arrefece o ar, mas também pode ser utilizado para purificar o ar,
controlar a humidade e até melhorar a qualidade do ambiente com sistemas de ventilação avançados. A busca por
sistemas que consomem menos energia e que utilizam refrigerantes menos prejudiciais ao meio ambiente continua
a ser um foco importante de inovação.
Hoje, os sistemas de refrigeração do ar são parte essencial da vida moderna, especialmente em regiões com climas
mais quentes. Eles são usados numa grande variedade de aplicações, desde o conforto doméstico e comercial até a
preservação de produtos sensíveis e a criação de condições ideais para a saúde pública e o bem-estar.
